21 de mar. de 2013
"Amor é Tudo que Você Precisa" - Considerações sobre o filme.
O filme "AMOR É TUDO O QUE VOCÊ PRECISA", título em português que pela primeira vez lembro ser melhor do que o original: "A Mulher Careca", muito além do que sugere e diz a crítica da Folha de São Paulo... supera as expectativas de quem se propõe ir ao cinema assistir simplesmente a mais uma "comédia romântica". Para aqueles que passam pelo filme sem serem capaz de apurar o olhar sobre a condição subjetiva de cada um dos personagens tem a infeliz experiência de não se deixar atravessar pela proposta implícita do filme. Como imagino que tenha ocorrido com o crítico da Folha. Se deixar levar pela música e cenário belo e romântico, tomando precipitadamente o tema Amor já como algo piegas e superficial é estar na contramão de algo raro e precioso que diz respeito ao humano. Sua condição para fazer valer a vida. É disso que o filme trata: amor em todas as suas formas e principalmente amor a si mesmo. A protagonista no final de seu tratamento quimioterápico para um Câncer de Mama vive a angústia e o medo pela perda da vida. Sofre com toda a condição que o tratamento lhe demanda. Sofre enquanto sujeito e enquanto mulher na relação com a sua sexualidade... Sofre literalmente na pele! Na pele sem pelos de seu corpo. A mulher careca como diz o título original encara a doença com mais coragem do que encara sua relação com o marido. Tomada ainda num lugar onde a mulher deve se calar para preservar o casamento adoece no calar-se e do mesmo modo transmite essa herança para filha. O filme é lindo! É engraçado e conta com o príncipe encantado no papel masculino principal. Mais um elemento que o crítico da Folha deve ter adorado para formar sua opinião boba e superficial sobre um filme que trata do mais trágico que atinge o humano: a doença e a iminência da morte e a dor da perda de um amor. Recomendo!
Denise Mairesse
DIRETORA Susanne Bier
ONDE Dinamarca/Suécia/Itália/França/Alemanha, 2012
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Gostei muito do post... parabéns, vou ver o filme...não costumo adicionar pessoas que não conheça diretamente, se já nos conhecemos em alguma reunião, encontros ou graduações, me perdoe- por esses tempos, já se vão mais que milhares... obrigado, por me convidar
ResponderExcluirAbraço (de verdade)...
Airton. Que bom que gostastes! Fico muito feliz em te ter por aqui tb. além do Face! Acho que pessoalmente não nos conhecemos, mas penso que o meio virtual pode e, muitas vezes pra mim, tem sido uma oportunidade de identificar pessoas que valem a pena ter como interlocutoras. Assim aumentamos a chance de formar uma rede de pensamentos inteligentes e de uma produção de trabalho para o social.
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